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Blog Motivacional

Você que cuida de um familiar,
como você se cuida?

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Eu estou com você, entendo os seus sentimentos e seus problemas. Meu pai tem 81 anos e tem uma demência chamada corpos de Lewy. Minha mãe tem 74 anos e apareceu com câncer nos seios, em plena pandemia.

Não sei como são seus pais, mas os meus sempre foram muito ativos, sempre estiveram engajados em trabalhos beneficentes, sempre prontos para ajudar o próximo. Essa é a imagem que tenho deles, pessoas muito boas!!!!!!!!!

Meu pai foi militar, uma personalidade extremamente forte, na verdade todos tinham medo dele. Minha mãe, uma mulher inteligente, esforçada, carinhosa. Eles foram superpais, cada um dentro do que davam conta. Hoje só tenho a agradecer!

Eu sou a filha mais velha e tenho mais duas irmãs e um irmão. Todos seguiram o seu caminho, formaram família e têm suas dificuldades.

Eu e meu irmão nos encontramos mais envolvidos com meus pais, eu por ter um trabalho que me dá mais liberdade nos horários e ainda por ter um esposo muito companheiro. Meu irmão optou por morar com a família e os meus pais, por uma questão econômica. Este foi o primeiro erro nosso, isso é uma questão que tem que estar muito clara para os familiares que cuidam dos idosos. Existe um desgaste emocional muito grande, que vai nos consumindo diariamente e quando percebemos estamos doentes.

Hoje ainda não aprendemos tudo, mas já conseguimos não ser tão egoístas, compreendemos que todos que pertencem a essa família tem o seu papel e tem de ser respeitado. Com gratidão aceitamos o que cada um pode doar. O dia que aquele irmão pode estar junto com os pais, é uma chance que nós temos de apreciar e aprender com a sabedoria dos nossos pais. Podemos crescer como seres humanos e acima de tudo exercitar a resiliência.

O ritual de hospital, remédios, banhos, comidas e tudo mais não é fácil, é desgastante e cansativo. É incrível, mas há um tempo, eles, nossos pais, fizeram tudo isso por nós e não achavam cansativos, tinham um gás inacabável, mas isso não vem ao caso, não é mesmo? Talvez não sejamos tão fortes como eles, só para refletirmos! Bem, na verdade não vou ser tão rigorosa conosco, crescemos e no decorrer da nossa vida não nos enxergamos como cuidadores dos nossos pais, nos preparamos para ter a nossa prole. O fato é que a necessidade surge e temos que assumir, mas a tarefa tem que ser menos densa e quanto mais delegamos para todos da família, menos temos o que fazer. Hoje meu irmão cuida até a sexta-feira, no final de semana ele vai para a casa dele, como ele mesmo fala, “abrir minha latinha e descansar”. Minha irmã, que durante a semana não tem condições de acompanhar nossos pais, pois o trabalho dela não permite, assume no domingo. A minha outra irmã, que tem filho pequeno e o trabalho também é mais difícil, assume as visitas aos médicos. Por fim, eu ajudo também levando aos médicos e no final de semana acompanho junto com a cuidadora. Desta forma, todos tem sua parcela de tempo junto com os pais e não deixamos a família estressada.

Num parágrafo especial coloco aqui a importância dos netos com suas companheiras, neta e bisneto, na vida dos meus pais. Todos têm a parcela de carinho, amor e cuidados, mas estes têm uma vida para crescer e conquistar, então os preservamos, mas quando não damos conta, eles são peças fundamentais nessa grande rede de apoio, que se chama FAMÍLIA.

Psicóloga Alba Regina

     CRP 01/8828

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